terça-feira, 29 de março de 2016

Escolhendo o violino

São Paulo, 29 de março de 2016


A escolha do Violino.



   É ansioso é assim mesmo, depois que acha que já tem a decisão tomada, não pensa muito para fazer, e assim fiz!!
 
   Esta publicação é mais um registro do meu diário, não tenho a pretensão de ser um guia de compras ou sanar qualquer dúvida, em tempo não tenho a miníma base teórica ou prática para indicar algo ainda, mas segue meu roteiro para a tomada de decisão de um instrumento para começar com uma relação boa de custo x beneficio.
Passei o final de semana pesquisando na internet, ueh não sei tocar, sensação horrível de incapacidade para comprar algo somente através da percepção das demais pessoas, sem uma opinião formada. Se não fosse tão ansioso teria tocado algumas vezes com o violino da escola, mas como só tenho tempo para ir uma ou quem sabe duas vezes por semana até lá, se não comprasse o violino, não teria nenhuma pratica entre os intervalos das aulas.

Tamanho


Os Violinos são divididos em tamanhos diferentes e cada tamanho é destinado comprimento do braço do músico, como referência existe a tabela:



Tamanho
1 / 16
1 / 10
1 / 8
1 / 4
1 / 2
3 / 4
4 / 4
   Comprimento  
35-38 centímetros
39-42 centímetros
43-46 centímetros
47-51 centímetros
52-56 centímetros
57-60 centímetros
60 centímetros +
Média de idade
3-4 anos
4-5 anos
5-6 anos
6-7 anos
7-8 anos
9-11 anos
11-13 anos e +


Como medir o comprimento 







 Fabricantes

 Todos os sites e foruns convergem para algumas poucas marcas e quase na totalidade para os da marca Eagle (http://www.eagle.com.br).
 Modelos
   A Eagle tem basicamente três linhas, da mais simples para o mais sofisticado são Classic (VK 144 e VK 441), Master (VK 544 e VK 644) e Concerto (VK 844 e VK 845), esta última classe é nova e não encontrei referencias
De acordo com o Blog Violino Vermelho (http://www.violinovermelho.com.br/blog/), a base teórica para classificação dos modelos, são:


Madeiras


Madeira classe E: Altamente imprópria para confecção de instrumentos de cordas. Geralmente, Compensado, madeira de construção.

Madeira classe D: Outros tipos que não são Abeto e Atilo. Não são apropriadas para confecção de instrumentos de cordas e arco, por apresentarem baixo desempenho, e por não amadurecerem com o tempo. Geralmente são Pinhos Nacionais, Jacarandá e Cedro Branco. Porém, alguns instrumentos feitos com essa madeira, podem surpreender.

Madeira classe C: Abeto, Átilo. Lisa, sem ou com rajado esporádico, quase imperceptível.

Madeira classe B: Abeto, Átilo. Rajada, porém com baixa acentuação.

Madeira Classe A: Abeto, Átilo. Rajada viva, altamente perceptível.

Madeira Classe AA: Abeto, Átilo. Envelhecida, selecionada, rajado vivo, chegando a criar um efeito visual quase psicodélico.


Vernizes

Verniz classe D: Sintético, à base de petróleo e P.U., usado na pintura de automóveis. São utilizados para dar uma “beleza falsa” no instrumento. São brilhantes, deixam o violino com uma falsa beleza, mas seu P.U. cria uma casca tão grossa, que blinda o corpo do instrumento, e impede que as vibrações passem através da madeira, e o resultado é o abafamento do som.

Verniz classe C: Semi-sintético. Ainda é artificial, mas mais suave que a classe D. Não cria uma couraça tão forte, pois não possui o P.U. e sua aplicação é feita sem exagero, em camada mais fina. Não deixa o instrumento com desempenho máximo, mas também não chega a abafar o som de maneira significativa.

Verniz classe B: Verniz a base de álcool. Possui extratos naturais em sua fórmula, que proporcionam um brilho naturalmente bonito. Não abafa em nada o som do instrumento, pois é mole, e deixa o som “transpirar” naturalmente pela madeira. São de fina aplicação, e opção de algumas fábricas de instrumentos, e alguns luthiers, por possuir secagem rápida.

Verniz classe A: Impecável. É o melhor verniz para a finalidade. À base de óleo, segue mais ou menos a mesma fórmula do verniz classe B, porém, o álcool é em bem menos quantidade, o suficiente apenas para a diluição da anilina, pigmentação do verniz. É usado uma quantidade maior de Terebentina, o que ajuda a dar um brilho e uma testura naturalmente sublime. Basicamente é o verniz usado pelos luthiers cremoneses da era de ouro, e usado pelos melhores luthiers atualmente.
Acabamento

Interno Classe C: Geralmente as contra-ilhargas (filetes internos que auxiliam na colagem das faixas com os tampos) não são lapidadas corretamente, deixando lascas à mostra, a madeira, no geral, fica suja, com escritas a lápis ou a caneta, ficam expostas manchas de cola, e talco (utilizado geralmente para a absorção de pontos de umidade). Enfim, é deixado internamente rastros da produção.

Interno Classe B: O acabamento já possui um pouco mais de atenção. As contra-ilhargas recebem mais atenção, e manchas de cola, caneta ou talco são raras, mas podem existir.

Interno Classe A: É o toque do luthier. É uma atenção devida e obrigatória num bom instrumento. Afinal, o instrumento de cordas ideal tem que ser belo e perfeito, tanto por dentro como por fora. Na prática, antes de fechar o instrumento, é recebido uma atenção especial, como remoção total de marcas de produção. A madeira vista através dos furos “f”, ou do furo do botão, mostra-se impecável. Limpa e cristalina como por fora, só que sem o verniz.

Externo Classe C: Geralmente deixa rastros de produção, como anotações ou marcas de caneta ou lápis. A lapidação das bordas e da voluta não é acentuada, e podem possuir falhas e imperfeições.

Externo Classe B: Não há rastros de produção, mas podem ter uma falhinha aqui ou ali, indicando que o serviço não foi feito com atenção individual.

Externo Classe A: Totalmente belo. Esse acabamento busca tirar a imperfeição até de detalhes mínimos e quase imperceptíveis. Alguns violinos de fábrica, de modelos mais caros puxados para série profissional, vêm com esse acabamento. E os violinos de luthier, têm por obrigação virem com esse acabamento.
Instrumentos

Classe D: Raríssimas exceções, mas não difícil de encontrar, misturam tudo o que há de inferior na matéria-prima e maneira de construção E pra finalizar, o Compensado é a madeira para sua construção.

Classe C: É uma média da construção e material de categoria mais simples, com exceções em algumas delas.

Classe B: É uma média da construção e material de categoria intermediária, também com exceções em algumas delas, para pior ou para melhor.

Classe A: São instrumentos exemplares, com média alta da construção e materiais utilizados. As exceções negativas são raras.

Classe AA: Impecáveis e perfeitos. Reúnem dedicação na construção, na seleção dos materiais utilizados, e são feitos para fazerem história.



Só alterei os valore para março de 2016 e retirei os modelos de outros fabricantes, no site original os valores são de 2009.


Violinos Categoria C

Alguns modelos de Parrot, alguns de Roma, alguns de Cremona, Michael, alguns modelos de Eagle e alguns modelos de Mavis. São violinos feitos com as madeiras corretas, ou seja, Abeto e Atilo. É a categoria mais simples, já que são feitos com madeira de classe C. Ou seja, elas são de madeira correta, mas não são rajadas naturalmente. Seu processo de construção segue a linha de montagem, ou seja, tudo é feito às pressas, e não recebe os devidos cuidados necessários, como medidas e acabamento. Seu verniz é sintético, o que abafa um pouco o som do instrumento.

Eagle VE 431
Madeira: Classe C
Verniz: Classe D
Acabamento interno: Classe C
Acabamento Externo: Classe B
Desempenho: 6,0
Nota final: 6,0
Preço Médio: R$ 550,00

Eagle VK 441
Madeira: Classe C
Verniz: Classe D
Acabamento interno: Classe C
Acabamento Externo: Classe B
Desempenho: 6,5
Nota final: 6,0
Preço Médio: R$ 600,00


Eagles VK 244, VK 644, VE 744, Mavis e Michael. São violinos feitos com as madeiras corretas, mas essas, de classe B. São naturalmente rajadas, e mais selecionadas. O processo de fabricação é o mesmo, mas recebe um pouco mais de cuidado que a linha anterior, mas ainda assim podem vir com espessura de tampo incorreta. Seu verniz também é sintético, mas um pouco mais fino que o da categoria anterior. Seu acabamento é visivelmente melhor, mais bem-feito, o que dá uma beleza extra ao instrumento. A sonoridade é um pouco mais apurada.


Eagle VK 244
Madeira – Classe B
Verniz – Classe C
Acabamento Interno: Classe B
Acabamento Externo: Classe A
Desempenho: 7,0
Nota final: 7,0
Preço Médio: R$ 950,00

Eagle VK 644
Madeira – Classe B (Madeira Maciça mas bipartida no fundo)
Verniz: Classe C
Acabamento Interno: Classe B
Acabamento Externo: Classe A
Desempenho: 7,0
Nota fina: 7,0
Preço Médio: R$ 1.000,00

Antigos de fábricas hoje extintas, como a Alemã Hofner, por exemplo, e alguns modelos profissionais de fábricas atuais. São violinos feitos de madeira classe A. Têm um processo de fabricação mais artesanal, mas não totalmente. A madeira é selecionada e possui um rajado natural. O acabamento é visivelmente bom, e o verniz é sintético, mas mais refinado. Por serem usados, possuem um som mais amadurecido. Possuem som limpo, com volume e equilibrado. Geralmente são alemães, italianos, franceses ou da Tcheco Eslováquia.

Eagle VK 544
Madeira: Categoria A (madeira Maciça mas com fundo inteiriço)
Verniz: Classe C
Acabamento Interno: Classe A
Acabamento Externo: Classe A
Desempenho: 7,5
Nota Final: 8,5
Preço Médio: R$ 1.200,00

Violinos feitos por autores, ou luthiers. O preço vai depender do nome, idade, da madeira, da conservação e do potencial e qualidade de som do instrumento. Todos feitos de madeira classe AA, selecionadíssimas, rajadas vivas, acabamento impecável, feitos à mãos, com suas medidas internas corretas, calibradas e bem-acabadas. O verniz é feito à base de óleo ou de álcool, dependendo do autor, mas o a óleo é melhor e mais bonito. Possuem som limpo, com volume e bem equilibrado. São réplicas ou não de violinos famosos, como Stradivarius, Amati, Stainers, Guarnieris ou outros famosos italianos, alemães e franceses.



Qualquer um, feito por bom Luthier
Madeira: Classe AA
Verniz: Classe A
Acabamento Interno: Classe A
Acabamento Externo Classe AA
Desempenho: 9,0 a 10,0
Nota final: 9,0 a 10,0
Preço Médio: Acima de R$ 4.000,00




Referências



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